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Pílula do câncer está a um passo de ser liberada
SINDHOSPI

18 de março de 2016

Escrito por Agência Gestão CT&I

O uso da fosfoetanolamina sintética, mais conhecida como “pílula do câncer”, está a um passo de ser liberado aos pacientes diagnosticados com câncer. A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado Federal, em reunião extraordinária, aprovou nesta quinta-feira (17) o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 3/2016, que permite a utilização do medicamento antes do registro pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A matéria agora segue em regime de urgência para ser será analisada em Plenário. Caso seja aprovada, seguirá para sansão da presidente Dilma Rousseff.

Segundo o relator do texto, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), o projeto já deixa explícito que o uso do medicamento será em caráter excepcional, enquanto durem os estudos. Gurgacz ressaltou que, embora ainda não oficialmente, as pesquisas já comprovaram que a fosfoetanolamina não agride o organismo. "A fase 1 da pesquisa será concluída em 29 [de março]. Mas já sabemos que ela não é tóxica".

O texto do projeto aprovado determina que, para ter acesso ao medicamento, os pacientes diagnosticados com câncer precisarão assinar termo de consentimento e responsabilidade, antes do registro pela Anvisa. A opção pelo uso voluntário da fosfoetanolamina sintética não exclui o direito de acesso a outras modalidades terapêuticas.

O senador Waldemir Moka (PMDB-MS) lembrou que, na audiência pública realizada sobre o tema, o medicamento já é utilizado há muito tempo. "Essa substância é utilizada há 20 anos. Os efeitos colaterais já estariam evidentes", disse Moka.

No entanto, o senador Humberto Costa (PT-PE) preferiu apresentar uma emenda, rejeitada pela comissão, para deixar claro que se os estudos comprovassem alguma toxicidade ou efeitos colaterais negativos a Anvisa suspenderia a produção do medicamento. A aprovação da emenda poderia levar o projeto de volta à análise da Câmara dos Deputados.

O petista disse ter preocupação com o precedente que o Congresso Nacional poderia abrir, autorizando o uso de um medicamento ainda não liberado pela Anvisa. "No momento em que o Congresso dá uma autorização para que um medicamento seja produzido e consumido, estamos abrindo precedentes para que essas multinacionais venham aqui cobrar a mesma coisa [para outros medicamentos]", comentou.

(Agência Gestão CT&I, com informações da Agência Senado)

Fonte: Agência CTI/DF: 21/03/2016

 

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